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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fantasia

Ok, vamos passar a desconsiderar tudo. Além da matéria, das características fisico-químicas, o resto é pura fantasia. As memórias evocadas, as sensações, emoções provocadas são como os sonhos durante o sono. A transformação da realidade em algo significativo ocorre quando subjetivamos os fatos? Quando ajuntamos a estes, valores, emoções, sentidos? A realidade em si vai se diminuindo cada vez mais, vai cedendo terreno às impressões afixadas por nós. De dentro vem o princípio para uma realidade valorada, impregnada do status de condição humana. O chão é só o chão e o resto é fantasia. Acreditar que além do espectro do "interno" projetado nos poucos aspectos do "externo" torna tudo mais pobre, mais vago. Não vale a pena tentar construir algo sobre um amontoado de nada, revestido por milhões de fantasias e pensamentos. Criar perverte-se em sobrepor camadas de sonho em cima de algo distanciadamente real. Será? Acho que não. O diálogo toca as realidades e as fantasias, a invenção toda do interior de cada um, e cada pedaço de matéria. A interação faz reagir dentro de cada um o acréscimo de vida, de transformação. É como se a realidade absorvesse a fantasia para conceber realidade, como se a neblina de fantasia que cobre tudo e todos se afastasse por um momento. É a interação que nos tira do egocentrismo da introversão.

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